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Fundos de investimento: definição, funcionamento e organização


Um dos primeiros instrumentos acessíveis às pessoas físicas interessadas leigas sobre o mercado financeiro são os fundos de investimento, disponíveis nos bancos de varejo e nas corretoras de valores. Além dos investidores comuns, é importante notar que os investidores institucionais compõem a maior parte desse mercado, pois, legalmente, as pessoas jurídicas são obrigadas a investir parte de seu patrimônio no mercado financeiro[1].Esses são os clientes mais significativos dos fundos de investimento.

A estratégia comum entre todos fundos é a mesma: reunir de diversos investidores uma grande quantia de recursos, que estarão sob gestão profissional, aliando conhecimentos avançados de gestores com ganho de escala na barganha por rentabilidades superiores nos mais variados ativos financeiros, sejam de renda fixa ou variável, e derivativos. Os fundos funcionam como condomínios de investidores, os quais possuem cotas (frações) proporcionais ao capital investido inicialmente.

Outra característica inerente a todos os fundos é a marcação a mercado (MaM), exigida pela Anbima. Nas palavras utilizadas pela CETIP em seu manual de MaM, "a marcação a mercado tem como principal objetivo a identificação dos verdadeiros valores dos ativos, ou seja, a obtenção do valor de um ativo pelo qual ele poderia ser negociado no mercado"[2] de maneira a compartilhar proporcionalmente entre todos os cotistas lucros e eventuais prejuízos em tempo real.

Os fundos podem ser divididos em duas estratégias de investimento: administração ativa e passiva. Na primeira opção, os gestores têm como objetivo superar uma medida de referência de desempenho, tais como o CDI e o Ibovespa, os benchmarks mais comuns entre fundos de renda fixa e renda variável, respectivamente. Na estratégia passiva de investimento, o fundo se compromete a reproduzir o comportamento do benchmark. No caso de renda variável, um fundo de administração passiva compõe uma carteira idêntica a um índice, como o Ibovespa por exemplo.

Uma das vantagens dos fundos é seu custo menor de transação. Por se tratar de um volume considerável aplicado, os custos de negociação são diluídos entre os cotistas, oferecendo economia de escala. As taxas que remuneram os gestores de fundo são geralmente duas, previamente acordadas: a taxa de administração, que costuma variar entre 0,3% e 2% do capital investido, e a taxa de performance (presente apenas em alguns fundos de gestão ativa), que costuma ser cerca de 20% sobre o rendimento acima do benchmark.


Este texto buscou apresentar informações iniciais sobre fundos de investimento disponíveis a pessoas físicas. Caso tenha se interessado, confira a lista de textos que disponibilizamos para o aprofundamento no assunto. Acompanhe também nossa página, facebook.com/ligademercadofeausp, e fique por dentro de nossas postagens semanais!

[1] ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. p. 367

[2] Manual de Metodologia de Marcação a Mercado - CETIP. Disponível em: <https://www.cetip.com.br/download.aspx?CID=c18851c6-3f96-47d4-91b1-401082c18a20> Acesso em 25/02/18.

https://www.cetip.com.br/download.aspx?CID=c18851c6-3f96-47d4-91b1-401082c18a20

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